Como pequena flor que recebeu uma chuva enorme e se esforça por sustentar o oscilante cristal das gotas na seda frágil e preservar o perfume que ai dorme,
e vê passarem as leves borboletas livremente, e ouve cantarem os pássaros acordados sem angústia, e o sol claro do dia as claras estátuas beijando sente,
e espera que se desprenda o excessivo, úmido orvalho pousado, trêmulo, e sabe que talvez o vento a libertasse, porém a desprenderia do galho,
e nesse temor e esperança aguarda o mistério transida - assim repleto de acasos e todo coberto de lágrimas há um coração nas lânguidas tardes que envolvem a vida.
Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, O Homem irá ver que dinheiro não se come! (Provérbio Indígena)