Ó noite, flor acesa, quem te colhe? Sou eu que em ti me deixo anoitecer, Ou o gesto preciso que te escolhe Na flor dum outro ser? Sophia de Mello Breyner Andresen
Quando à noite desfolho e trinco as rosas É como se prendesse entre os meus dentes Todo o luar das noites transparentes, Todo o fulgor das tardes luminosas, O vento bailador das primaveras, A doçura amarga dos poentes, E a exaltação de todas as esperas. Sophia de Mello Breyner Andresen
Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, O Homem irá ver que dinheiro não se come! (Provérbio Indígena)