Entre as prendas com que a natureza Alegrou este mundo onde há tanta tristeza A beleza das flores realça em primeiro lugar É um milagre De aroma florido Mais lindo que toda as graças do céu E até mesmo do mar
Olhem bem para a rosa Não há mais formosa É a flor dos amantes É a rosa-mulher Que em perfume e nobreza Vem antes do cravo E do lírio e da hortênsia E da dália e do bom crisântemo E até mesmo do puro e gentil malmequer
E reparem no cravo O escravo da rosa Que flor mais cheirosa De enfeite sutil E no lírio que causa o delírio da rosa O martírio da alma da rosa Que é a flor mais vaidosa e mais prosa Entre as flores do nosso Brasil
Abram alas pra dália garbosa Da cor mais vistosa Do grande jardim da existência das flores Tão cheio de cores gentis E também para a hortênsia inocente A flor mais contente No azul do seu corpo macio e feliz
Satisfeita da vida Vem a margarida Dos que têm paixão E agora é a vez Da papoula vermelha A que dá tanto mel pras abelhas E alegra este mundo tão triste Com a cor que é a do meu coração
E agora aqui temos o bom crisântemo Seu nome cantemos em verso e em prosa Porém que não tem a beleza da rosa
Que uma rosa não é só uma flor Uma rosa é uma rosa é uma rosa É a mulher rescendendo de amor
Vinicius de Moraes
Que a primavera venha leve, suave e calorosa, enchendo de cor o dia-dia e iluminando os corações gelados.
Rosa acordada, que sonhaste? Nas pálpebras molhadas vê-se ainda Que choraste... Foi algum pesadelo? Algum presságio triste? Ou disse-te algum deus que não existe Eternidade? Acordaste e és bela: Vive! O sol enxugará esse teu pranto Passado. Nega o presságio com perfume e encanto! Faz o dia perfeito e acabado!
Que esse Natal não seja feito apenas de cores e comidas, luzes, prazeres e bebidas. Que haja partilha e esperança. Que em nenhuma mesa falte pão, e em todos corações reine o amor.
Há uma orquídea florindo - teu sorriso. Alegre emanação da terra, folha do vento, súplice auréola do sangue, doce colina e anêmona do mar. Albano Martins
Brindemos, todas as manhãs, meu amor, com um tilintar de rosas, ora brancas, ora carmim, ora singelamente rosa. Que símbolos melhor alinhavados Para o bordado do amor Poderia no mundo haver Que os motivos da rosa: Cor em choque, rubros beijos, Alvos, raros pássaros Que às vezes pousam em meu jardim. Que outras formas mais completamente Revelariam o que sentimos, este amor Em cores tantas, em múltiplas instâncias: Rosa dos ventos em caprichos de lua Ora a negar-nos, ora a nos conceder Por inteiro o seu perfume, a sua face. Brindemos, pois, amantes, Com o mais fino licor das rosas, Tão finitas & sempre vivas, Tão óbvias & super novas, Tão dolorosamente espinho E ainda amorosamente rosas: Eis o amor Em sua mais irretocável metáfora – O resto são prosas.
Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, O Homem irá ver que dinheiro não se come! (Provérbio Indígena)