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“Gota de orvalho na coroa dum lírio: Jóia do tempo.”
Érico Veríssimo
“Os pensamentos são como as flores, aquelas que apanhamos de manhã mantêm-se muito mais tempo viçosas.”
André Gide
Ergo uma rosa, e tudo se ilumina
Como a lua não faz nem o sol pode:
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou vento de cabelos que sacode.
Ergo uma rosa, e grito a quantas aves
O céu pontuam de ninhos e de cantos,
Bato no chão a ordem que decide
A união dos demos e dos santos.
Ergo uma rosa, um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve,
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve.
Ergo uma rosa, e deixo, e abandono
Quanto me dói de mágoas e assombros.
Ergo uma rosa, sim, e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros.
José Saramago
jardim sem flor
entre as páginas do livro
a rosa e sua cor
Alice Ruiz
Vesti meu vestido mais bonito, me impregnei de lavanda e coragem...
Eu sorri o mais belo dos sorrisos, no espelho rubro púrpura; comecei o meu feitiço ajeitei o penteado mais lindo. Desliguei o senso o crítico no colo um belo crucifixo, ofuscante. Fiz um pacto com os lábios e o destino. Ela veio a deslizar da pálpebra para compor junto a mais bela face que eu pude alcançar. Anestesiada feiticeira, enfeitiçada quem compões é minha alma ela se desfaz se não blasfemar.
Enchi-me de lavanda me impregnei com coragem, de uma lágrima dei meu ultimo rubro sorriso despi o meu mais belo vestido em seus lábios dei meu ultimo suspiro. Devaneio, desvarios.
Amanda Lebassy
"Pelo amor de uma rosa, o jardineiro é servo de mil espinhos."
Provérbio turco
Certa madrugada fria
irei de cabelos soltos
ver como crescem os lírios.
Quero saber como crescem
simples e belos — perfeitos! –
ao abandono dos campos.
Antes que o sol apareça,
neblina rompe neblina
com vestes brancas, irei.
Irei no maior sigilo
para que ninguém perceba
contendo a respiração.
Sobre a terra muito fria
dobrando meus frios joelhos
farei perguntas à terra.
Depois de ouvir-lhe o segredo
deitada por entre lírios
adormecerei tranquila.
Henriqueta Lisboa
Há tempos, vivia uma linda princesa chamada Damang que amava perfumes. Ela, junto às suas aias, pesquisava diferentes flores e plantas para extrair perfumes. Estava sempre muito cheirosa experimentando seus perfumes enquanto entretia, à noite, seus pretendentes. Infelizmente ela adoeceu. Os médicos palacianos foram convocados para atendê-la mas nada conseguiram quanto à sua cura. Ela faleceu de mal desconhecido e foi enterrada no jardim do palácio. Uma semana mais tarde, uma estranha planta cresceu no local onde havia sido enterrada. Das plantas nasceram flores brancas amareladas que espalhavam sua fragrância durante a noite.
O povo do local se lembrando da Princesa Damang passou a chamar a planta de Dama de Noche, em sua honra.
A dama-da-noite é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e muito popular devido ao aroma inebriante de suas flores.
Nomes Populares: Dama-da-noite, Coerana, Coirana, Flor-da-noite, Jasmim-da-noite, Jasmim-verde, Rainha-da-noite
As abundantes inflorescências surgem na primavera e verão, carregando
numerosas flores tubulares, de coloração creme-esverdeada, que exalam um
intenso perfume, principalmente à noite.
Pode ser conduzida como arvoreta e trepadeira também, através de podas e
tutoramento, perfumando assim calçadas, pátios e cobrindo caramanchões,
arcos, treliças, entre outros suportes. Para atenuar-lhe o forte
perfume, deve ser plantada à meia-sombra, desta forma sua floração será
menos intensa.
Diz-se que sua pungente fragrância é uma dos mais fortes entre as
plantas; algumas pessoas a acham enjoativa. Suas flores atraem diversas
espécies de abelhas, beija-flores e borboletas.