Amo as açucenas na branquíssima vertigem do princípio do mundo. Ninguém pode amá-las assim nas madrugadas de linho e de nácar. Ninguém subiu as vertentes da colina mais íngreme com um vestido de noiva amarrado ao corpo. O abandono recortado no ar. Os desejos entorpecidos na alvura dos seios. Os guizos das cabras reclamando o cio. A cera das colmeias na greta dos lábios. O fascínio da luz a incidir nas hastes mais altas.
Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, O Homem irá ver que dinheiro não se come! (Provérbio Indígena)
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