quinta-feira, 22 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Amo as açucenas
Amo as açucenas na branquíssima
vertigem do princípio do mundo.
Ninguém pode amá-las assim
nas madrugadas de linho e de nácar.
Ninguém subiu as vertentes da colina
mais íngreme com um vestido de noiva
amarrado ao corpo.
O abandono recortado no ar.
Os desejos entorpecidos na alvura dos seios.
Os guizos das cabras reclamando o cio.
A cera das colmeias na greta dos lábios.
O fascínio da luz a incidir nas hastes mais altas.
Graça Pires
A rosa
Uma sépala, pétala, um espinho,
Numa simples manhã de verão_
Um frasco de orvalho _
Uma abelha ou duas _
Uma brisa_um bulício nas árvores _
... E eis-me rosa!
Emily Dickinson
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