segunda-feira, 30 de novembro de 2009




























Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância

Cecilia Meireles

sábado, 28 de novembro de 2009

Flamboyants






















Eu não cantei ainda os flamboyants floridos,
alegres, majestosos, multicores,
que,ao vir da primavera,embevecidos,
policromos, sensuais, adornam-se de flores.

E, enfileirados, vão, floridos e felizes,
balouçando a ramagem espontânea ,
como saudando a rir em rútilos matizes
as amplas avenidas de Goiânia.

E nas quentes manhãs de setembro e de outubro,
quando o vento lhes beija as franças, no alto,
sussuram , musicais, despetalando o rubro
véu de flores vermelhas pelo asfalto.

Gilberto Mendonça Teles

Girassóis





Espero dezembro
para plantar girassóis
e trazer Van Gogh e o Sol
para dentro do jardim.

As pétalas ardentes
irão manchar de alegria
a terra e o ar
e tudo parecerá voar
em um grande abraço
amarelo.

Roseana Murray

Orquídea


















A orquídea
é diferente,
é superior.
Não é gente
nem é flor.

Jeito de artista
de muita linha,
ela é atriz,
é rainha,
é modelo
e é feliz.

Cheia de fama,
formosa dama,
se esconde
e ninguém vê.

Não é flor
de todo dia,
mas irradia
um não-sei-quê.

Elias José

Maria-sem-vergonha



Maria-sem-vergonha de nascer...

Maria-sem-vergonha de florir...

Maria-sem-vergonha de se dar...

em qualquer tempo,

em qualquer lugar,

Maria-sem-vergonha de murchar...

Mila Ramos

O risco do bordado


















Poesia é risco?
Rabisco de Deus
guardado num disco
ou um asterisco
ao pé do obelisco?
Confisco do fisco?
A rês desgarrada
do aprisco? Ou chuvisco
que umedece o hibisco
no jardim mourisco?

Lêdo Ivo

As gardênias, ah!



Branca é a gardênia
como a garça.
E como a garça guarda
entre toques de leite
sombras quase de poço
esverdeadas.

As pétalas da flor
iguais as plumas
têm um mover-se imóvel
um volteio
como se vento houvesse
ou sopro
sempre.

As garças voam.
Mas as gardênias,
ah! as gardênias
evolam pelo ar
o seu perfume.

Marina Colassanti

Silêncio ao lado do vento



























Dar um banho de rosas nas rosas porque -

frágeis no deserto de sua brevidade -,
aceitam mudas o percurso para o nada.
O silêncio é branco nas rosas brancas
e é clara a alta estrela que, de repente,

paira sobre nosso jardim submerso no vento.

Fernando Karl

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Foi para ti que criei as rosas





















Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei as romãs a cor do lume.

Eugénio de Andrade

O girassol




Traz-me um girassol para que o transplante
no meu árido terreno
e mostre todo o dia
ao espelho azul do céu
a ansiedade do teu rosto
amarelento

Tendem à claridade as coisas obscuras
esgotam-se os corpos num fluir
de tintas ou de músicas. Desaparecer
é então a dita das ditas

Traz-me tu a planta que conduz
aonde crescem loiras transparências
e se evapora a vida como essência
Traz-me o girassol de enlouquecidas luzes.

Eugenio Montale

Gerânios

















Nascem gerânios
nos bolsos da minha camisa
quando acredito
na primavera de cada amanhecer.
Soltam-se balões
que, de repente,
visitam velhos amigos
com quem me desencontrei
nos labirintos do imprevisível.
E recebo recados,
com a certeza de que ainda
posso me alegrar.

Wilmar José Matter

Flores



















É nestas flores, em particular, que
vejo desenhar-se uma linha que me leva
de mim a ti, passando sobre um campo
invisível, onde já não se ouvem
os pássaros, e onde o vento não faz cair
as folhas. Estamos em frente de um canteiro
puramente abstrato, e cada uma destas flores
nasceu das frases em que o amor se manifesta,
e do movimento dos dedos sobre a pele,
traçando um fio de horizonte
em que os meus olhos se perdem. Por isso estão
vivas, e alimentam-se da seiva
que bebem nos teus lábios, quando os abres,
e por instantes a vida inteira se resume
ao sorriso que neles se esboça.

Nuno Júdice

Lírios




















Não pergunte onde eu estava quando escrevi algo. Andava certamente bem aqui dentro de mim. Ora passeando por minha memória cheia de fatos, ora sentada, como o gênio da garrafa, bem dentro do meu coração, aconchegada às almofadas dos sentimentos.
Às vezes sinto saudades do cheiro dos lírios à beira do córrego ,naquela pequena cidade ondi vivi quando as pessoas me viam como uma criança. Não foi tudo que ficou de lá, mas é a lembrança mais forte. Conheço o cheiro molhado e fresco que beirava o pequero córrego de águas frias e transparentes. Podia-se ver a areia, feito purpurina, misturando-se à agua. Eu retirava pedrinhas, as mais claras e redondas que eu podia encontrar, daquele leito líquido e brilhante ao sol. Lá embaixo, as lavadeiras batiam as roupas nas pedras. Eu gostava de ver meu vestido branco estendido sobre a relva verdinha.
Quando a roupa era devolvida à casa, limpa , seca e bem passada eu ia correndo cheirá-la para ver se ainda havia algum traço do cheiro dos lírio. Não havia.
Apenas o branco, muito branco, trazia de novo o riacho com sua água brilhante e seu cheiro de lírios para perto de mim.

Helen Drumond

No coração da magnólia


















De repente a magnólia
pulsa, não digas a solidão.

Guarda tudo, pois a música escoa,
um rumor de chuva
mansa, cintila
no rastro da lua

e pulsa o coração,
chegam os seres da noite
de pálpebras carregadas
sonhos em filigrana,
o grito contido.

O orvalho acontece
por dentro, olhos recolhidos
na saudade, o frio,

de repente a magnólia
pulsa, e a escuridão
é um adágio, não digas a solidão.

Alguém que me lê
o centro do coração ilumina-se,
o poema flui e ouves
o canto, não as palavras
decepadas,
arrancadas à opacidade.

Ouves. No coração da magnólia.

Maria João Cantinho

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Manacá-da-Serra
















Suas flores têm três cores distintas. Nascem flores brancas, depois de um dia ficam rosas e no dia seguinte ganham a coloração lilás e assim permanecem até envelhecer e cair.

O Manacá-da-Serra é muito importante na vida de uma determinada borboleta, pois se trata do único alimento de suas lagartas. A borboleta amarela manchada de preto, que tem 80 mm de envergadura deposita seus ovos no Manacá, e é encontrada sob as folhas da árvore ou nas imediações dela.

As flores do Manacá-da-Serra representam a alegria de viver.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Beleza cantada em verso



















Os estatutos do homem
Ato institucional permanente
Artigo VI
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido. Tudo será
permitido, inclusive brincar com rinocerontes e caminhar
pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.

Thiago de Mello

Gardênia azul

















Uma flor me lembra lugares
Onde a gente costumava passear
Agora nas noites estou
Falando sozinho com uma flor
Gardênia azul
Agora estou só com você
E também estou triste
Ela nos descartou e, como você,
Gardênia, antigamente ela me
guardava no coração.
Depois de cairem as lágrimas
Onde é que elas se escondem?
Eu vivi apenas uma hora
Que mais posso dizer
O amor floresceu como uma flor
E então as pétalas caoram
Gardênia azul
Jogada numa brisa passageira
Mas giardada no meu livro de memórias.

Lester Lee

Íris

























... O céu está livre
De nuvens , mas todas as cores parecem
Fundidas num vaso íris à oeste.
Lá onde o dia morto se uniu à eternidade passada.
Byron

A lenda da flor miosótis




















Numa bela tarde de Primavera, passeavam nas margens de um rio, dois jovens apaixonados quando, sobre as águas exaltadas surgiu flutuando um lindo ramo de miosótis.
Ela ficou encantada com a delicadeza das flores. Percebendo isso, o rapaz atirou-se à água e apanhou-as para as oferecer à sua amada, mas ao voltar para a margem, a forte corrente do rio arrastou-o.
Conta a lenda que o jovem antes de desaparecer, engolido pelas águas, gritou: “Não me esqueças, ama-me para sempre!”
Desde então a miosótis, floresce nas margens dos rios para que ninguém mais morra por sua causa e passou a ser chamada a flor do “não-me-esqueças”.

Miosótis













Na janela, coloco flores
Miosótis, as pequeninas..
Ao regá-las pela manhã,
encontro linda borboleta
logo cedo a me saudar..!!!

Asas delicadas,
de seda, parecem ser,
de cores inusitadas,
encantam, todo meu ser..!!

Farfalha suas asas,
em seu delicado bailar,
no compasso imaginável
da suave melodia no ar,
Trazendo luz, ao meu olhar..!!

Ofereço o meu Sorrir,
docemente, pousa na palma de minha mão,
Sabe que a amo, e confia
Entre meus dedos, jamais
irei ferí-la..!!!

Miosótis, pequeninos
cúmplices de mágicos momentos,
amanhecem radiantes
a espera de novo encontro,
onde a vida se faz presente,
na grandeza de nosso Amor..!!

Thais S Francisco

Sonhar com flores



















A flor é o símbolo cósmico da vida, do amor, da geração e, por extensão, do sexo. É o símbolo da mulher que se ama, da beleza, do perfume e das lembranças queridas do amor...

As flores amarelas são de caráter solar e têm relação com os símbolos solares de sabedoria, força, poder, hierarquia; as flores vermelhas estão relacionadas com Marte, e as flores azuis são o símbolo do Santo Graal, da elevação e sublimação espiritual que é o destino dos seres...

Num sonho, ver um jardim ou muitas flores é indicação de alegria e fortuna; flores caídas do galho sugerem aflições. Sonhar que recebe uma flor de alguém, é casamento para solteiros...

Fonte: www.bemzen.com

quarta-feira, 18 de novembro de 2009














"Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa."

Antoine de St. Exupery

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cardo




























Um cardo é espinhoso e temeroso, por isso os nossos antepassados religiosos afugentavam os demônios com esta flor.

Pensavam que uma vez que a flor era trazida para o lar, bania os maus espíritos que por lá andavam.

Acreditavam que o cardo protegia as suas casas e também os seus animais dos maus olhados e também das doenças.

Nem uma bruxa conseguia entrar numa casa onde estivesse pendurado um cardo!


Cravos

















O Cravo, também é conhecido como
"lágrimas do campo", "estrelas" ou "erva de donzela".

Um antigo escritor, Plinij, afirmou que os romanos cultivavam estas flores divinas;

está escrito no seu livro "História da Natureza".

No livro de Dante, "Inferno", está escrito que os cravos foram trazidos para Itália por Nicolo.
As raparigas acham que os cravos são os intermediários do amor,

por isso ofereciam estas flores aos jovens que partiam para a guerra,

pois pensavam que a flor os protegia.


Acácia






















A Acácia é considerada a árvore da vida,

pois “suas flores cegam, as sementes matam

e a cura está em suas raízes,

assim flores e sementes são o veneno, a raiz o antídoto”.


Íris




















Os gregos referiam-se à "íris" quando viam um arco-íris,
porque encontravam nele a mesma cor da flor.

Em relação à lenda, as íris surgiram das lágrimas da mulher de um marinheiro,
que chorou muito enquanto esperava pelo marido.

Os russos deram um nome delicado à flor, chamavam-na de "querida".

A cinco de Maio no Japão todos os rapazes celebram o seu dia.
É feito um talismã mágico de íris e de uma árvore de laranja silvestre.
Este talismã irá proteger o rapaz de doenças e de desgraças.

Anêmona























Adônis foi mortalmente ferido pelos ciúmes do deus Marte, amante de Vênus,

que se transformou em um javali e o atacou até a morte.

Vênus, que teve em Adônis sua maior paixão, após chorar muito, desesperada de dor,

suplicou a Zeus que perpetuasse seu amor por Adônis.

Sua súplica foi atendida: com o sangue do amado foi feita a anêmona,

flor da tristeza e do consolo, de raríssima beleza, que floresce e vive por pouco tempo.

Áster




























Preso a terra como herança da luz
No branco de meus ingênuos devaneios
A saudade traz lembrança que seduz
Da mente sem mentir dos entremeios

Firmo do solo em solo andar com fé
Criando raízes em verdade do berço
Na vida sem importar do rapapé
Caminho livre do mal que esqueço

No bem que espero sempre envolver
Miro do olhar ao céu no infinito
Igual cópia imperfeita no merecer

Dos passos compasso de criar fantasia
Com brilho verso em verso bendito
Da flor Áster, estrela feita poesia!

Ramoore

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Aster


















A Áster é uma das plantas mais antigas. Quando os arqueólogos abriram um túmulo real com 2000 anos, encontraram entre folhas de loureiro e de pinheiro, uma marca da flor Áster.

Os Gregos consideravam a Áster como sendo um amuleto. Áster significa Outono na língua húngara. "Ostirosa" que é a "Rosa do Outono". Existe uma crença popular - se se colocar junto a uma Áster à noite e tentar ouvir, consegue ouvir um sussurro. É a Áster a falar com as suas irmãs estrelas. Algo que não é de todo surpreendente, porque segundo a lenda a Áster cresceu a partir do pó que caiu das estrelas.

Margaridas



























As margaridas são as flores que abrem mal nasce o dia, por isso foi-lhes dado o nome "olhos do dia". Na tradução do grego margarida significa "pérola". As margaridas brancas ou cor-de-rosa decoram os nossos canteiros e existe uma lenda relacionada com o seu aparecimento; uma menina pequenina sussurrou um pedido ao céu da noite:

"Oh estrelas! Por favor, queria que se transformassem em flores, para que eu pudesse brincar com vocês."

As estrelas refletiram num orvalho matinal e quando a menina acordou, viu muitas margaridas prateadas no seu jardim.
Então o Sol perguntou de manhã à margarida:"Estás feliz? Tens algum desejo?"
" Obrigado - respondeu a margarida - estou feliz. Mas deixa-me florescer todas as estações, para poder alegrar as crianças." Depois o Sol tocou na margarida com os seus raios solares e deixou no meio da flor um círculo amarelo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009



























No México, presentear com flores crisântemos
representa uma declaração explícita de amor.