segunda-feira, 22 de março de 2010
Canção do Outono
Os soluços graves
dos violinos suaves
do outono
ferem a minh'alma
num langor de calma
e sono.
Sufocado em ânsia,
Ai! quando à distância
soa a hora,
meu peito magoado
relembra o passado
e chora.
Daqui, dali,
pelo vento em atropelo
seguido,
vou de porta em porta
como a folha morta,
batido...
Paul Verlaine
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